Puxo os estores do meu quarto, para te ouvir melhor é o meu vizinho de baixo, que está a ouvir hardcore.
Conheço um mocho que sabe as tuas letras, não somos da violência, somos da inteligência.
Lisboa, cidade.
Sangue do meu sangue, carne da minha carne.
Lisboa, cidade.
Estamos de coração, não para decoração...
Vou à janela, vejo a minha infância contam-me histórias do teu rosto, a pulsação da madrugada.
Visto o teu vaso sanguíneo sou semente de Lisboa deste-me uma artéria primitiva, meu roupeiro antigo.
Eu sou, tu és, nós somos uma cidade, de concelho a conselho recebo o teu conforto o teu abraço, sinais vitais ainda têm o meu obrigado...
Puxo os estores de Lisboa, mais encanto tu não podias ter.
Puxo os estores de Lisboa, passei a mão no manjerico fiquei a rebobinar raízes...
És a senhora da minha educação, não há mineiro que te ache, mercado que te compre.
Os condimentos da praceta têm lealdade, valências pedagógicas, que eu acredito.
Como os estores abertos, aberta fica a tua mente, para ouvires os mais velhos a falarem de respeito, ensinando-te que esta palavra velha, jamais vamos deixá-la envelhecer, está reunida com a senhora da educação, encarregada desta nossa tabuada, os 4 dentes do juízo já nos nasceram as vassouras das vizinhas já nos perdoaram, e aceitaram como somos.
Sou de Lisboa oiço o Tejo a bater, sou de Lisboa oiço o Tejo a bater, sou de Lisboa, sou de Lisboa, minha cassete umbilical.
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